sexta-feira, 20 de junho de 2008

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Sangue. O meu sangue suja-te. E eu sei que não gostas dele agarrado à tua pele, ao teu cabelo, às roupas lavadas que te vestem e te disfarçam de outras tantas pessoas que amam como tu e que odeiam como eu.

Por isso, com o polegar sujo de sangue das feridas que me cobrem o corpo e das chagas que me apodrecem a carne, escrevo uma despedida qualquer, um Adeus sem entrelinhas, nas paredes que pintamos de um branco imaculado e que hoje, irremediavelmente, estão sujas de uma humidade que sufoca.

Um Adeus. Talvez o Adeus que me mata a mim, a ti, a nós. Mas o Adeus que, finalmente, me faz morrer a mim, sem angústias, sem desespero, com paz.

Qualquer coisa

quinta-feira, 1 de maio de 2008

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Navego nas profundezas dos mares que se encontram, beijando e acariciando, o muro das quimeras, onde todos os meus desejos são projectados.


domingo, 30 de março de 2008

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Nas mãos do artista dançam pinceladas de sensibilidades
Que desmaiam na tela coloridamente,
Intensificando os dias inanimados
Dos vultos que tragam a paixão que serpenteia nas veias do criador

A alma do artista, nunca abstrusa,
Intervém na sua cólera
Que segue a todo o furor os sentimentos que se atrapalham
Em meio turbilhão de mente coruscante.

A sua arte, tocando a sinfonia orquestral das almas e
Vagueando lubricamente, narcotizará a mente dos mortais
Desafiando regurgitações espirituais de gáudio e melancolia, desejos e tragédias.
Sensações, arte e beleza.

Máscara

segunda-feira, 24 de março de 2008

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(fotografia por: Membruto)



As máscaras eternamente soldadas

Aformoseiam o rosto desmaiado

de disfarçados vultos lascivos

que flutuam no baile da vida.

São danças mecânicas

E passos bisados

Que os movem a cada dia

Em demanda de algo

Que os faça viver



Suzanna