sexta-feira, 20 de junho de 2008

 

Sangue. O meu sangue suja-te. E eu sei que não gostas dele agarrado à tua pele, ao teu cabelo, às roupas lavadas que te vestem e te disfarçam de outras tantas pessoas que amam como tu e que odeiam como eu.

Por isso, com o polegar sujo de sangue das feridas que me cobrem o corpo e das chagas que me apodrecem a carne, escrevo uma despedida qualquer, um Adeus sem entrelinhas, nas paredes que pintamos de um branco imaculado e que hoje, irremediavelmente, estão sujas de uma humidade que sufoca.

Um Adeus. Talvez o Adeus que me mata a mim, a ti, a nós. Mas o Adeus que, finalmente, me faz morrer a mim, sem angústias, sem desespero, com paz.

1 comentários:

Anónimo disse...

Como sempre adorei o post..mas não o percebi..

(sou de compreensão lenta, I know..)

beijinhó **
<3-té